Friday, February 24, 2006

Fusão

Sais á procura de cheiro a sexo,
livre para pernoitar com o desejo.
O sangue gélido nas minhas veias,
pressente o bombear de imagens do teu cérebro,
as volúpias que teu corpo inventa.
São teus esses momentos.
Nossos.
Apodero-me de calor.
Molho teus lábios sugados de querer.
Escuto o sussurar de deleite desse intante.
Extâse.
A revelação dos meus mamilos quando os brindas com a ânsia de os morderes.
A tua língua diz-me tudo.Explora.Conta-me desejos.
Sinto tua mão a trespassar-me,
o sangue a latejar,
num convite ao gozo.
Perene.
Damos voltas e mais voltas,
inertes de desejo,
num movimento que só a carne sente, vive,
onde a mente inflecte para uma nova pele.
Autêntica.
Onde eu te toco.

Thursday, February 23, 2006

A Nova Geração! (Sem Pelos)

Dormi ontem com uma miúda que conheci na net. Foi simples e muito free-flow: trocámos uns emails simpáticos mas muito inócuos, fomos por um café, trocámos uns emails menos inócuos (confesso que abri a porta ao dizer que ela era muito gira, ela retribuiu e fomos por aí fora…), tivémos um chat em que basicamente decididos que íamos dormir um com o outro e finalmente ela veio ter cá a casa.

Foi fantástico, ela tem muita pica, muita desinibição quanto ao sexo, quanto ao prazer, quanto ao seu corpo e ao que faz com ele. E estava lisinha, lisinha – uma moda bastante comum nos States, que eu confesso que particularmente aprecio…

Ora, acontece que ela é miúda, mas de resto é como as miúdas do "meu tempo" (sempre adorei esta expressão e cá estou a usá-la!): mesma cidade, mesma universidade, anda pelos mesmos sítios. Ou seja, ela podia ser como as minhas amigas/conhecidas/namoradas eram. Mas não é: é mais liberta, mais sexuada e mais fácil sexualmente.

Será que esta nova geração é assim? E será que todas elas se rapam?

Friday, February 17, 2006

Três é um bom número

Um amigo que conheci numa festa e com quem mantive contacto frequente mas irregular telefonou-me: "Olha lá, tenho uma amiga que quer ter uma cena com dois homens e eu lembrei-me de ti. Estás interessado?" Sexo a três com duas mulheres era uma grande fantasia, claro, mas com um homem e uma mulher era também algo sobre o qual eu estava muito curioso e que ainda não tinha feito. No dia combinado: "A minha amiga não pode fazer nada hoje", "Não pode ser! Vou por um post na CraigsList!" "Põe, se alguém disser alguma coisa, avisa"

Absolutamente convencido que não iria ter resposta nenhum lá postei o meu texto. "We are a very cute couple of friends, one is 30, the other 27, we are funny, like to go clubbing, have a lot of higher education, know things that will amaze you, and we are in pretty good shape. We would love to try and have a sexual experience with a girl - we would love to give a ton of pleasure and be pleased. We are absolutely respectful, sane, well adjusted. Our proposition is for you to send us an email, we'll send you our pictures, if you think we are as cute as we say we are, we can go from there. Let's go out very soon, drink a little, if the chemistry is there, let's just do it! If you are curious, why don't you send us an email? What do you have to loose?"

Um texto assertivo, convencido até, estranho para um europeu conseguir escrever coisas destas, mas noutros sítios é mesmo assim…

Tuesday, February 14, 2006

DOPAMINENSE




As cores da paixão.

A estratégia para um orgasmo.

A busca de um parceiro.

Preciso de dopamina.

Dopaminense.

II

Lylia Cornelia


Eu não percebi bem a planta da casa. O quarto ficava logo à entrada e já colados arrastámo-nos até lá. Não me lembro se havia luzes acesas, acho que não, porque sei que apalpava partes de corpo para me orientar. Girei várias vezes sobre a cama. Ele era meticuloso no toque das mãos e da língua. Eu ofegava, gemia, depois imobilizava-o, trepava, lambia, montava, curvava-lhe o pénis até ele me endireitar, apertar, sacudir e gritar que se vinha. Não sei quantas vezes.


Ainda embrulhada no corpo dele, acordei com um queixume. Sei que te vais embora mas não vás, não me deixes. Silêncio, e o mesmo pedido. Fui rodando sobre mim. A claridade do dia iluminava o quarto, o quarto do casal, ele e outra mulher que não estava ali. Quando finalmente pude ver-lhe o rosto, descobri os mesmos olhos brilhantes da noite anterior mas um novo olhar, triste, desfeito. Pareceu-me que ambos sabíamos que não era comigo que falava. Mas ele beijou-me. Sussurrei-lhe que descansasse um pouco mais e ergui-me o suficiente para que adormecesse no meu colo.

Uma hora depois recolhi a minha roupa, vesti-me silenciosamente na casa de banho das escovas, cremes e batons dela, e saí para a rua fechando a porta lentamente.



- Emissão simultânea no Antes que me deite -

Monday, February 13, 2006

As Mamas da Maria

Quando estava na Faculdade fiz comentário baixinho a um amigo: "A Maria tem umas mamas fantásticas!". Para além das mamas, a Maria tinha um sentido de audição fantástico porque ouviu o meu comentário, protestou vivamente, deixou de me falar e disse mal de mim a toda a gente. Eu (que até não fazia muitos comentários do género), fiquei meio constrangido com a situação, pedi muita desculpa e incorporei a minha dose de culpa machista sobre o assunto!

Escrevo isto porque no outro dia vi a Maria. E percebo o quão estúpida foi a reacção dela; ela só tinha que se sentir bem com ela própria por ter umas mamas atraentes, assumir isso e sentir-se bafejada pela sorte.

A Maria está horrível, gorda, desinteressante. A frescura e a juventude não foi substítuida por sensualidade, elegância ou atracção de qualquer tipo. As mamas estão completamente desenxaibidas. Apeteceu-me dizer-lhe: "Maria, agora já não tens umas mamas fantásticas. Espero que te sintas melhor assim."

I

Lylia Cornelia


A campainha tocou. Ainda estranho o toque, a casa é nova. Pouco depois entrou o Luís. O Luís é um amigo de um amigo que há anos tenta sair comigo e que não me atrai de todo porque me parece pequeno, pequeno mesmo, de altura, e talvez também de espírito, mas isso ainda não sei, nem vou ficar a saber. O que sei é que para compensar a falta de estatura, ele fala, fala imenso, e eu ouço mal as minhas tentativas de resposta, sou sempre interrompida, e por isso ele acabou de entrar e eu já estou arrependida e predisposta a detestar a noite que consenti partilhar com ele. Passei a tarde a pendurar sanefas e no quarto a parede é de cimento, foi difícil. Ainda estava a explicar-lhe a razão do cansaço que sentia (e talvez fosse melhor regressar cedo a casa) e ele já subia ao escadote e pegava no black & decker e muito rapidamente instalava o suporte que faltava. Olhou para mim com um ar muito confiante e sugeriu que fosse ele a fazer o jantar. Não! Em dois minutos fico pronta e saímos.

Vai fazer dois anos que eu e o António nos separámos. O Luís sabe, todos sabem, não consigo esquecê-lo. Para contrariar o sentido da posse embarquei em noites audazes ou nem por isso, mas fracassei. Estranho o corpo dos novos amantes.

O carro é pequeno, como o Luís. E também está sujo. Ou é apenas um carro que serve muita gente. O carro transporta crianças, elas deixaram marcas. Penso na proposta dele de me preparar o jantar e convenço-me de que ele procura mulher para a vida. Tens filhos? Conheço-o há anos e não sabia que era pai. Ele tem filhos mas não fala deles, fala de tudo o resto. Conduz, discorrendo sobre o que vemos, vamos ver, sobre o restaurante e as vezes que já lá foi, os amigos, o nosso amigo comum e a mulher dele que é uma chata, primeira gaffe, ela é minha amiga, merda, não aguento este sujeito, vá lá, o restaurante é giro, servem-nos rapidamente, e agora? Agora, levas-me de volta a casa.

A primeira vez que dormi com alguém depois do António foi uma violência. Ele era amoroso, um brasileiro recém-chegado, carente, que depois de me beijar escreveu à mãe para a informar de que já tinha namorada. Com algum álcool a mais pareceu-me possível quebrar o feitiço do António. Mas a nudez corpo a corpo bastou para me despertar do torpor. E depois era tarde demais.

O Luís não concorda. Quer que eu conheça o bar que um amigo dele abriu há pouco tempo. São simpáticos, diz, o bar e o amigo. E eu, vá lá, vá lá, vou.

Ando preocupada comigo, com este desinteresse sensual. Rio-me sempre que penso nisso. Quando o António olhava para mim num lugar público, às vezes murmurava um és interessante, sabes? E eu sabia__ que devia despedir-me de todos. O desejo era urgente. Agora estou desinteressante, sabes?

O bar está vazio. Por trás do balcão estão dois homens que o Luís conhece, o tal amigo e um colega seu de trabalho. Põe-me a mão na cintura e faz as apresentações. Põe-me a mão na cintura e eu escapo.

Depois do brasileiro, seguiram-se outros. Aos poucos, ao ritmo de um passo em frente e dois atrás, aceitei que ninguém tivesse o corpo do único homem que eu desejava.

Aquele gesto do Luís irritou-me. A boneca não é dele! Deixo-o a falar com o dono do bar e sento-me num banco afastado. Arranco o chapéu da cabeça (uso sempre chapéu), e reparo que o outro sujeito, Zé qualquer coisa, me observa. E faço o mesmo.

Ainda devo ser bonita e não perdi o gosto pela sedução. Na verdade, sinto mais prazer no jogo que antecede o acto do que no acto em si. Mas já nem sei se ainda é assim. Nos últimos meses, a certeza do fim súbito do desejo, fez desaparecer o próprio desejo.

Ele preparou-me uma bebida. Explica-me que foi ele que desenhou o bar e que agora passa ali as noites, porque____ sim, e que me prefere sem o chapéu. Sorrimos.

No último dia do ano tomei uma decisão, óbvia, mas importante, apaixonar-me antes que a Primavera acabasse.

Decidimos fazer amor naquele dia, dali a pouco, muito pouco.
Lembrei-me de que tinha deixado de tomar a pílula.
Lamentei ter deixado o casaco no carro do Luís.
Ele ainda perguntou se eu queria ouvir alguma música em particular.
Mas depois, tornou-se claro que era completamente inútil resistir ou complicar. Pegámos na nossa tralha e saímos dali.


(continua)

- Emissão simultânea no Antes que me deite -

Saturday, February 11, 2006

O Primeiro Momento do Sexo

Amanhã, pela noite. A excitação do primeiro sorriso, da primeira gargalhada, do primeiro momento embaraçoso. Conversas seguramente sobre desejo, sobre fantasias, momentos eróticos, sexo em grupo, liberdade para fazer o que nos apetecer. Afinal o nosso encontro foi baseado no desejo, e no sexo. Ou será que quando nos encontrarmos vamos deixar que a pele social nos embacie o desejo, que as normas nos impeçam de ir logo para o que verdadeiramente nos fez fazer vários quilómetros para finalmente nos conhecermos?

A incerteza da química, de passar deste formigueiro longinquo para suor, cheiro a sexo, sabor a sexo. Aquele primeiro momento delicioso do calor, da invasão do calor e da humidade que vai cobrir o meu caralho.

Estou convencido que amanhã vai ser exactamente como achamos hoje que vai ser.

Wednesday, February 08, 2006

maturidade sexual

Era início de Primavera, faltavam uns dias para fazer 18 anos, os míticos dezoito.
O poder da natureza era transbordante.
Alegrava-me ouvir " grande cu ".
Nessa tarde, uma figura envolta de mistério seduz-me.
Passados dois dias, estavamos na sua cama. Em frente ao rio.
Iluminados pelo sol, os nossos corpos fundiram-se.
Eu não o vira.
Lembro-me que quando se despiu era atordoante a visão.
Tudo ficara filmado na minha memória e no VHS dele.
No fim, é desferido um juízo fácil ao qual eu defendi com unhas e dentes:
O sexo acontece quando queremos.
Do outro lado, elogiam a minha maturidade sexual.
Confesso, senti que tinha sido uma menina crescida, mas a minha maior surpresa é que ele não sabia disso.

Uma das cenas mais eróticas

"Sabes qual foi uma das cenas mais eróticas que eu tive?"
"Não…"
"Da primeira vez que estivémos juntos e que tu me despiste toda, deitaste na cama e me abriste as pernas. E depois ficaste a olhar para o meu sexo. E eu perguntei: "Para onde estás a olhar?" E tu: "Para a tua cona" E depois ficaste lá a olhar para mim durante muito tempo e depois lambeste-me durante ainda mais tempo"
"Foi?"
"Foi"

Tuesday, February 07, 2006

AI LOV YOU


Soa bem. Sim. É uma declaração ao Amemse.
Com muito sexo! Claro.

Sunday, February 05, 2006

Tão tarde a noite, que o sexo não tem lugar!

Grande noite de Sábado. Encontrei muita gente que não via há muito tempo; conversa sobre muita coisa – presidenciais, aborto, casamento gay, os Estados Unidos e a Europe, música, empregos, viagens, histórias de Timor, Rússia, India. Algum alcool, muitas recordações, muitos risos. Claro que o sexo foi um dos temas da conversa; entre divorciadas, solteiras e solteiros, a conversa até foi franca, divertida e muito refrescante.

De bar em bar, acabámos a dançar. Dois pares estavam mais ou menos formados, obvio para toda gente que algo iria acontecer. Sete da manhã, já dia, ainda energia para ir tomar o pequeno-almoço. Mas já não para o sexo.

Premonitórias as palavras do início da noite: "Em Portugal a noite acaba tão tarde, que já não há adrenalina ou energia para acabar em sexo" (Mesmo se eu discretamente ainda tenha atirado, já na mesa do pequeno-almoço: "Ainda há energia para continuar…")

Saturday, February 04, 2006

Mal por mal que venha o sexo!

Uma amiga minha ontem dizia-me que tem alguém apaixonado por ela, mas que ela não queria dormir com ele porque não queria ter uma relação séria com ele.

Eu expliquei-lhe que ele de CERTEZA que entre tê-la só como amiga, ou tê-la só como amiga e ter entretando dormido com ela, ele prefere a segunda opção.

Friday, February 03, 2006

Pelo menos uma visitante!

Hoje, alguém viu o blogue.

"ola!
Estou verdadeiramente fascinada. Deixas-me eléctrica.O teu mundo gira a volta do sexo. Uma verdadeira loucura. (...) conhecer a tua vontade de espicaçar as mentalidades. Ontem andei a espreitar Amemse. É um óptimo mandamento ou equaçao sexual para atingir o belo.

Gostaria de lançar a possibilidade de um dia te conhecer.Terei imenso prazer que isso aconteça."


será que o meu mundo gira à volta do sexo? Pelo menos aqui neste blogue gira…

Thursday, February 02, 2006

A dificuldade do sexo,

Inscrevi-me num site desses de encontros na net em Portugal. Tive hoje uma resposta. Depois de trocaramos de emails, o sexo, claro veio à baila. Resposta:

"agora o problema: faceis sexualmente? de ir logo para a cama??Sou muito dificil aí!!Muito mesmo...depois de lá estar...é porque amo essa pessoa e aí não há tabus, não há dificuldades."

Continuo a achar impressionante a dificuldade do sexo; se as pessoas se dão bem, se sentem atraídas uma pela outra, para quê negarem-se esse prazer?

Não consigo compreender. Alguém me ajuda?

Wednesday, February 01, 2006

E que tal se uma festa normal se transformasse

Imagine-se uma festa normal, daquelas em que há cerveja, comida, algum vinho, gente bem vestida e engraçada. Se no final aquela sensação de flirt se transformasse e se consumasse logo ali. Será que o mundo era um lugar mais divertido?

uma amiga hoje dizia-me que não consegue ter sexo

ela é toda gira, de certeza que tem muita gente a querer estar com ela, ela tem imenso desejo sexual no momento e no entanto não consegue ultrapassar aquela ideia de que sexo não pode ser só sexo!

que desgraça, o que esta sociedade consegui fazer coisas às pessoas, especialmente às mulheres